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terça-feira, 10 de julho de 2012

Desigualdade de Gênero? O jeito é Recriar e Modelar


As desigualdades sociais existem. E o pior, em grande escala. Trata-se de um problema global e que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Dentro dessa realidade, está a luta das mulheres pela igualdade de gênero e oportunidades, num universo liderado pelos homens e pela cultura machista impregnada à séculos nos dogmas impostos pela sociedade.

Para enxergar esse abismo de diferenças, não é preciso ir muito longe. Em Pelotas, as mulheres representam mais de 51% da população. Porém, cerca de 60% delas estão desempregadas ou são sustentadas pelos homens da família. A falta de investimento em políticas públicas para as mulheres também contribui para que esses números cresçam numa sociedade desigual.

Pensando dessa forma, a Rede Parceira Social em conjunto com o Instituto Nestor de Paula e a Associação Olojukan, e com o apoio da Fundação Lojas Renner, criaram o projeto “Recriando e Modelando”. A ação que já está em prática, tem como objetivo contribuir com uma melhora na qualidade de vida das mulheres do Bairro Navegantes e oferece cursos de capacitação em Corte e Costura e bordados, reaproveitamentos de materiais descartáveis e palestras sobre saúde, alimentação e cuidados específicos com as suas faixas etárias. No total, são beneficiadas diretamente 40 famílias que moram no bairro, e indiretamente, toda a comunidade local do Navegantes.


                 Exemplo de tapetes feitos com retalhos de pano e sacolas de linha


                 Mulheres de todas as faixas etárias aprendem técnicas de corte e costura. 

Além de ensinar diversas técnicas às mulheres, o projeto ainda instiga a produção sustentável, utilizando materiais descartados no lixo. É o caso da Dona Terezinha, que aproveita sacos de farinha de padaria para fazer sacolas de uso convencional. “Eu pego o saco na padaria, ou encontro em algum lixo perto de casa, faço um crochê na boca do saco para não desfiar e está pronto, temos uma sacola para todo mundo usar”, conta Terezinha, que ainda sonha em vender sua idéia. “Essas sacolas desfiam com muita facilidade, além de poluírem o meio ambiente. Quem sabe as empresas não adotam a minha ideia?”- brincou.  



Entre os muitos aprendizados tirados do projeto, o desenvolvimento social também está presente. Aprendendo a fazer guardanapos, Daniela ressalta a importância do que o “Recriando e Modelando” tem na sua vida. “Eu não venho só aprender a fazer costuras. Eu venho porque me sinto bem, fico com minhas amigas e não penso em bobagem. É uma família”, declarou.

Os encontros e oficinas do projeto acontecem semanalmente na Comunidade Católica Sagrado Coração de Jesus, localizado na Rua 10, no Bairro Navegantes.

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