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terça-feira, 4 de junho de 2013

Semana Mundial do Comércio Justo e Solidário


Terminou nesta sexta-feira (30), no Rio de Janeiro, a Semana Mundial do Comércio Justo e Solidário com a realização do Salão Mundial do Comércio Justo e Solidário, na praia de Copacabana. O evento contou com a presença de integrantes da Coordenação Nacional do FBES, de empreendimentos de economia solidária iniciados no Sistema Nacional de Comércio Justo, da vice-presidência do BNDES, integrantes da WFTO e convidados das redes internacionais (Ripess-Lac e EMS).

Durante a semana, FBES e Faces do Brasil apresentaram sua trajetória organizativa no Brasil, dialogando e trocando experiências com membros de outros países que atuam com comércio justo. Diferente de outras experiências pelo mundo, o comércio justo no Brasil surge a partir da organização da economia solidária, como estratégia de ação integrada e conjunta para a construção de um mundo justo, solidário e sustentável.
O desenvolvimento do comércio justo e solidário nasce e cresce pela necessidade do movimento de economia solidária, para criar um novo mercado local, justo e solidário, fundamental para a contrução de um desenvolvimento sustentável a favor da vida, na luta contra o capitalismo. Além disso, a proposta brasileira segue em normatização entre governo e sociedade civil para consolidar o Sistema Nacional do Comércio Justo, buscando a coerência entre o processo e o produto final dos empreendimentos de economia solidária, dentro de princípios e critérios construídos juntos com o movimento nacional de economia solidária. Desta forma, não é apenas o produto que precisa estar em conformidade, mas a forma e organização produtora têm que cumprir os princípios do comércio justo e da economia solidária tendo como prioridade atender ao mercado local.
No coquetel de abertura, foi feito o pré-lançamento dos Catálogos de Comércio Justo e Solidário produzido pelo IMS em parceria com a Senaes-MTE (Secretaria Nacional de Economia Solidária – Ministério do Trabalho e Emprego) e com o apoio da plataforma Faces do Brasil e do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária). Ao todo serão 11 catálogos de empreendimentos de comércio justo e solidário de 26 estados e do Distrito Federal e mais um catálogo nacional reunindo todas as experiências. Os empreendimentos que estão nas peças foram selecionados a partir do Projeto Nacional de Comercialização Solidária que desenvolveu uma meta que estruturou o SCJS (Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário). O coquetel servido por 20 “ecochef’s” foi produzido a partir de insumos oriundos de pequenos produtores, tais como a pimenta rosa, creme de pequi, castanha do Pará, café orgânico, queijo de cabra, tapioca, etc. Todos produtos do circuito das Feiras Orgânicas da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO).
A abertura oficial contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, do Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidário), da plataforma Faces do Brasil e da WFTO (World Fair Trade Organization). Na solenidade da abertura, o ministro assinou convênio de R$ 1,2 milhão com a entidade de economia solidária “Xique Xique”, que vai beneficiar mais de três mil empreendimentos e cerca de 15 mil pessoas. Para Manoel Dias, a prática do comércio justo contribui para a inserção dos pequenos produtores no mercado nacional e internacional. “No Brasil, o comércio justo faz parte de um processo maior, que é consolidar a economia solidária no país. Desde 2003, com a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, assumimos a tarefa de apoiar os empreendimentos que praticam essa forma de comércio”, afirmou. O Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, avaliou que o comércio justo e a economia solidária são irmãos gêmeos. “As vítimas do capitalismo, nos últimos anos, aprenderam na economia solidária, uma forma de se unir e batalhar para voltar à sociedade e superar a exclusão social a que foram submetidos”, avaliou.
Neneide, da Coordenação Executiva do FBES, trouxe sua experiência na mesa de abertura no BNDES “O comércio justo é construído por nós a partir de onde vivemos e moramos, da nossa casa, do que produzimos e comemos. O governo tem que aprender a respeitar o nosso tempo, temos que construir isso junto para que seja permanente, garantindo o acesso a política pública e financiamento na base, estamos nesta casa [BNDES] para isso”.
Na oportunidade também foi assinado, por representante do prefeito Eduardo Paes, um Decreto transformando o Rio de Janeiro na capital mundial do comércio justo. Encerrando a solenidade de lançamento, foi realizado um desfile com roupas produzidas por empreendimentos de comércio justo, do Brasil. Modelos desfilaram usando peças feitas a partir da produção ética, justa e sustentável e carregaram cartazes com frases de protesto que indicavam melhores ações para um mundo melhor.
Entre as atividades agregadas ao evento, aconteceram reuniões do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e Comissão Organizadora do II Fórum Social Mundial de Economia Solidária, que acontecerá em Santa Maria/RS de 11 a 14 de Julho de 2013. Participaram representantes do Brasil e de vários países da América Latina, envolvidos nesta importante construção, como Argentina, Uruguai e Paraguai, com o objetivo de fechar os eixos de debate e a programação com um todo.
Nos debates foi destacado que a América Latina traz um caminho de aprendizagem para o restante do mundo na construção e pressão social dos movimentos sociais, que inova o conceito em grande parte ainda inadequado do comércio justo internacional, calcado na relação norte-sul e na inserção em mercados convencionais e em nichos de mercado atrelados a multinacionais, algumas vezes em caráter assistencial e que não se contrapões as macroestruturas do capital. De forma diferente, o Brasil traz a construção de sistemas participativos de certificação e garantia, do comércio justo atrelado à economia solidária buscando garantir a soberania alimentar das comunidades, com enfoque político para incidência econômica, e não o contrário.
Espera-se que a experiência brasileira possa seguir em construção junto ao movimento de economia solidária e gerar aprendizados frente às experiências internacionais, além de que as políticas públicas brasileira estejam a serviço destas demandas sociais.
Acesse a Declaração da Semana Mundial do Comércio Justo e Solidário aqui(em língua espanhola): www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7560&Itemid=62

Com informações do site do FBES: www.fbes.org.br


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